Angelique e suas Facetas

A história de Angelique e suas muitas facetas...

Um outro dia, mesmos sentimentos


Phantom Lady teve um sono em pedaços, fazia alguns dias que "magoara" uma pessoa.
Hoje... Ontem, nem ela sabia ao certo, havia magoado três pessoas, dois rapazes e uma moça, "passei da minha cota da semana" sisse a si mesma; os rapazes eram seus amigos, já a moça... Era ela mesma, a única pessoa que ela não devia magoar... ELA MESMA.

Agora, as lágrimas que ardiam outrora corriam livres pelo seu rosto, a solidão se apoderava do seu pobre e pequeno coração. Ela observava as veias azuis de seus pulsos, passava, delicadamente, o dedo sobre elas, acompanhando o desenho que elas faziam... "Não de novo" dizia ela internamente ao se deparar com aquela cicatriz... Fazia tantos anos desde aquele dia que ela acreditara ter apagado da memória...

O baixo e a bateria da mpusica que ouvia fez com que seu coração tenter-se acalmar-se, apesar do som pesado cantado em alemão. Nesse momento ela desejou um cigarro para abreviar sua vida em cinco minutos, depois mais cinco...
- É simples, fácil e me mata aos poucos - disse em voz alta, mas ninguém a ouviu. O vocalista da banda que ouvia repetia a frase "Du Riechst So Gut", ela não sabia o que significava, mas berrar essa frase ajudava a espantar a tristeza... Tristeza, esse podia ser seu segundo nome...

"A quanto tempo não consigo sorrir de verdade?" pensav ela... Todos aqueles sorrisos falsos, só os olhos negros a denunciavam... "Olhos que mudam de cor... Pfff" zombou de si... Mas ela sabia que era sério, eles mudavam de cor, e, infelizmente, ela não sabia qual era o tom mais claro que eles ficavam...

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Du reichst so gut quer dizer Seu cheiro é tão bom em alemão.

Pensamentos Avulsos


"Porque as pessoas têm que sonhar com coisas impossiveis?" pensava Phantom Lady deitada, no escuro, olhando para o teto. Ela sentia um nó se formar na sua garganta e as lágrimas queimarem nos seus olhos mas não saiam. "talvez essa música francesa estja me fazendo pensar demais.." pensou mais uma vez.

A vários dias seus olhos estavam negros como ébano. A última vez que havia dormido bem foi quando reencintrou um amigo que havia sido "criado" com ela, ele sabia seu verdadeiro nome, para ele, ela não era Phantom Lady... Deitada, ela imaginava situações com diversos homens diferentes chegando na sua casa, flando com seupai e ela se via correndo para abraça-los... Uma dor no peito a tomava toda vez que ela chegava nesse ponto, queria que as situações fossem reais, ela sentia-se só, parecia, até, que seus únicos companheiros eram os livros como foi outrora.

Sentou-se na cama, acendeu o abajur e olhou seu esmalte descascado, pensou no rapaz que havia conversado e no outro que havia dado uma bronca... O primeiro lhe parecia interessante e o segundo infantil... "Onde estou com a cabeça?" pensou, quis ligar pra um terceiro, mas já era tarde e ele devia está dormindo... Algo que ela também deveria está fazendo...

Não sei quem você é...


Mas sei que você existe. Todas as noites, me visitas, você me dá prazeres proibidos... Sussuras palavras gentis ao meu ouvido fazendo-me ficar arrepiada.

Tu me visitas em sonhos, mas nunca consigo ver teu rosto... Vou te encontrar algum dia? Por favor, venha me ver, me dê os prazeres proibidos reais, não em sonhos. Venha...

Eu estou te esperando, mesmo sem saber teu nome... Até te dei um nome por esse motivo... "Meu amor" é assim que te chamo... Amor... As vezes ele me parece tão distante, mas o teu não posso negar, não posso rejeitar, não posso se quer viver...

Quem é você? Quem é você que me dar prazeres, me acalenta, me conforta? Nunca vi teu rosto ou escutei tua voz de verdade... Quem é você?

Peço, mais uma vez, que não foque só nos meus sonhos, venha me ver, venha me ter... Venha sentir a minha pele quente na tua, venha sentir o sabor dos meus beijos, venha sentir o calor do meu toque, venha sentir a pressão do meu corpo no teu..

Venha, venha...

Tabacaria



Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?

Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.

(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)

Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.

(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)

Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente

Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.

Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,

Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.

Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.

Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.

Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.

(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.

Álvaro de Campos, 15-1-1928
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Esse seria o meu quem eu sou... Minha vida se parece com esse poema de Fernando Pessoa, pois nada sou e nada serei, mas tenho todos os sonhos do mundo.

Havia barulho...


E fez-se silêncio por um momento... A única coisa que ouvia-se pela casa eram os sons da rua.
Eles se olhavam, como se quissem gravar aquela imagem na mente. Ele, deitado, afagava os cabelos dela que estava deitada retribuindo o carinho da mesma forma. Seus olhos se cruzavam... Estavam cheios de ternura e amor.

Depois de um tempo ela adormeceu aninhada no peito dele, ele deslizava as suas grandes mãos pelo corpo nu dela... "Tão bela, tão frágil... Tão perfeita" pensava o homem apaixonado. Ela, em seu sonho se via naquela mesma situação, daquele mesmo jeito, eles deitados na cama com lençois de seda, ele, com seu corpo definido e atraente nu pulsando por ela. E o corpo dela ansiava por ele, mas precisava de um tempo, apenas um instante para se recompor, e voltariam.

Ele tocou o ombro dela, precisava levantar-se. Ela, amavelmente, tomou seu travesseiro e ficou olhando aquele homem moreno e belo, levantar e caminhar até a janela e abri-lá... Nas suas costas via-se marcas de unhas, ainda vermelhas, suas unhas... Ele voltava com um sorriso no rosto ao ver como ela estava. O lençol que cobria o corpo, também moreno, dela havia sido posto de modo especial que deixassem partes do corpo dela a mostra. No seu rosto também tinha um sorriso e um certo olhar de Femme Fatale que ele tanto amava.

Como um gato, ele voltou a cama e sua boca encontrou-se com a dela mais uma vez, como haviam feito antes. Depois deslizou para seu pescoço e ela soltou um gemido, ambos corpos desejavam-se enlouquecidamente, a visão dele e das marcas causadas por ela mesma havia sido o estopim, o que faltava para recomeçarem mais uma vez.

A boca dele encontrou a dela novamente e agora só ouvia-se o barulho de seus beijos... Suas mãos, não sabia se mais de quem, descobria o corpo do outro, precorria cada centimetro de pele...

Agora a única coisa que se ouvia era os gemidos de dois amantes.

Tarde de segunda-feira


"Vai, liga logo!" pensava Amanda olhando para o telefone, depois de tanto tempo iria se reencontrar com ele, estava ansiosa, precisava urgentemente conversar com ele. Era seu melhor amigo e o amava, gostava, sentia atração, adoração, uma mistura de tudo isso e mais algo.

Ela sonhava, tanto acordada como dormindo, com o dia que ele retornaria para ela e ela voltaria a ser feliz plenamente, ela era feliz, mas sempre faltava algo... Ou alguém. Fazia alguns meses já, mas ainda não havia sentido o que ela sentia com ele por nenhum dos outros caras que ela havia conhecido e saído... Faltava algo a eles. Ela sonhava que ele voltava e ela passava a mão em seu rosto, que o tocava e ele fazia o mesmo com ela e ela podia sorrir em paz...

Como ele não ligava e chovia muito, ela ligou. Não iriam se ver mais, a chuva impediria... Amanda ficou triste, mas entendeu... Sua solidão aumentenva, mas a voz dele a confortava, ela não queria ficar só naquele dia. Alguns intantes após desligar ele a ligou, perguntou se sabia da feira mística que estava tendo, ela ficou feliz por ele ter lembrado dela nesse momento. Ela disse que iria depois e ele disse que ela iria gostar.

Por ter que ficar em casa, Amanda resolveu terminar de ver o filme que começou na sexta... Pela primeira vez ela chorou em um filme e se deu conta da falta que ele fazia a ela e ela sabia que ele também sentia dela, não sabia se na mesma intensidade. "Droga, porque?" falava para si... Ela o amava, estava mais que exposto... E o queria para si. Era tão deprimente a cena, ela que sempre foi forte, chorando em uma cena de carinho num filme... Ela queria um pouco de carinho... Se fosse dele seria melhor, mas se não quem sabe? Não queria ficar em casa, queria encontra-lo onde quer que ele estivesse.

O filme acabou e começou uma crise de choro, ela sentia saudades, revivia na mente todos os bons momentos que passaram juntos... Ela tinha esperança de ficarem juntos novamente, e ela sabia que ia acontecer isso, ao contrário que a imagem colada no caderno dela dizia em inglês "Hope is lost". Mas, isso só seria pleno quando ela tivesse o cantinho dela.

Depois de um tempo, completamente só em casa, ela voltou a ligar, mas chamava e ninguém atendia... Isso a entristecia, ela estava disposta a sair de casa e ir encontrar com ele. Se não fosse com ele, iria encontrar-se com outra pessoa. Não queria ficar em casa, estava muito só e nem se ligasse todos os rádios e todas as televisões iria se sentir bem. Pensar que alguns dias atrás ela rezava para ter um momento de solidão e logo hoje, o único dia que ela não queria ficar só, ela ficou.

Ligou mais uma vez e ele a atendeu, estava com uma garota... O corpo dela gelou, em mil pedaços se quebrou... Ela estava mal e ainda isso? Ela o amava tanto que desejava a felicidade a ele, ele estando com ela ou não, é obvio que ela preferiria que ele estivesse com ela. Ele disse que a veria assim que chegasse perto da casa dela, ela queria só um abraço...

Uma música vinha na mente dela, dizia assim: "eu costumava a ser uma casa de diversões, mas agora estou cheia de palhaços malvados"... Era a Amanda, a mente de Amanda...

Agora ela iria esperar ele ligar para se verem... Ela esperava que não demorasse muito, pois precisava ve-lo.

Descalça


Como é bom ficar descalça
Por os pés na areia da praia ou na grama
Senti as vibrações deste elemento
Por os pés na água
Sentir ela purificar os pés que trilham o Seu caminho.

Por os pés junto ao fogo
Sentir o reconfortante calor afastando o frio
Por os pés para o alto
Sentir a brisa que te faz voar, que lhe relaxa, que lhe acalma, que lhe liberta
Não só o vento te liberta, e sim com a união dos quatro elementos atingirá a liberdade e a paz de espírito.

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Venho aqui pedir perdão as pessoas que leem esse blog.
Ando passando por um "Bloqueio criativo". Tive e estou tento alguns problemas e não tenho conseguido escrever textos, porém escrevo páginas e mais páginas de diários.
Assim que isso passar, e espero que seja rápido, voltarei com meus textos normalmente.
Poema retirado de um caderno velho e mofado.

Um "insinting"


Houve um "insiting" e Suzy finalmente compreendeu, ela não gostava dele. Não gostava a ponto de querer entregar o corpo a ele. Sim, ele continuava especial, ah sim, isso ele ainda era.

Ele havia preenchido, temporáriamente, um buraco no peito dela... "Talvez eu tenha ido rápido demais, e por isso ele se afastou" pensava Suzy "ou, ele estava se apaixonando e não sabia lhe dar com esse sentimento..."

Parecia que depois disso ela se sentia mais leve, certo, ela ainda tinha vontade de falar com ele, de ligar só pra escutar a voz e falar besteiras... Mas não o desejava como antes. "Me livrei dessa não? Tá ainda acho ele especial, mas isso é crime?" perguntava-se enquanto via alguns avatares na internet. Sentia isso, mas não falava, queria encontra-lo pessoalmente e assim conversar... Quem sabe isso iria ocorrer mais cedo que ela imaginava?

Apesar de tudo isso, quando falavam dele, ela tinha um choque. Era como se todos os sentimentos voltassem e depois se acalmassem e ela nota que não gostava dele como imaginava, ele seria sempre aquele amigo "colorido" mas não era o que cara que ela iria se entregar tão facilmente.

"Parece que agora estou realmente livre, né?" Dizia para si a pequena grande Suzy. Sim, agora ela estava completamente livre! Finalmente ela podia sorrir sem peso na consciência e verdadeiramente.

Numa folha amarelada em cima da mesa...


Estava escrito as seguintes palavras:

"Oh, desejo-te, amado,
Desejo-te tanto que não posso falar...
Quero-te, meu amado!

Tome-me em seus braços,
Me fala mulher,
Deixe que seja tua e tu sejas meu...
Ah, querido, como te quero!

Quero-te tanto
Que até sinto meu corpo doer.
Faz-me mulher, oh amado,
Transforma-me em tua!

Amada, querido, faça-me feliz,
E deixe que eu faça o mesmo por ti!
A ti dedico todo meu amor,
Dedico toda minha paixão!

Meu amado, todos os dias te espero.
Estou sempre no mesmo lugar e na mesma hora...
A tua espera...

Toca-me...
Deixa que eu te sinta.

Te quero...
Te quero...
Te quero..."

Ao pé da folha via-se a marca de um beijo... Um beijo de amor e paixão.

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Retirado de um velho caderno...

O Beijo


E ele a puxou para si, ela não resistiu; Ela fez como um cão fiel segue o dono.
Ele a tomou nos braços, que era bastantes fortes, mas, ela se livrou e recostou-se numa parede atrás de si.
Ele, por sua vez, a enclausurou novamente em seus braços, e empregou parte de sua força para manter-lá parada ali, no lugar desejado, ela o olhava nos olhos.

Suas bocas estavam prestes a tocar-se só que, com um gesto repentino, ela fugiu. Ele a segue, como se fossem duas crianças brincando de pega-pega...
Finalmente ela se rende e volta a seus fortes braços e dar-lhe um apaixonado e quente beijo.

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Texto retirado de um velho caderno de poesias esquecido num canto sujo e escuro. Um "Alfarrábio".