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Postado por
Amanda Morgenstern
às
18:55
Um, dois, três.
Contava ela enquanto desenhava.
Um, dois, três...
Ela gostava de desenhar, até podia-se dizer que adorava. Ele estava sentado na sua cama à observando...
Seus olhos eram tristes apesar de fazer algo que lhe dava prazer, 'será que foi algo que eu fiz?' pensava o seu namorado.
Um, dois, três...
'Não gosto de vê-la assim, o que será que aconteceu?' pensava ainda enquanto a madeira da mesa dela ganhava traços delicados azuis, ela tinha olhos fixos no desenho, fixos e tristes...
Fixada no desenho, a garota deixava a mente voar.
- Será que um dia poderei ser uma tatuadora? - perguntava enquanto traçava linhas azuis, sem tirar os olhos da mesa.
- Você será o que quiser, amor. - respondia ele ainda preocupado.
Um, dois, três...
- Acabei, agora é sua vez. - disse ela com uma voz sem esconder a tristeza.
Ela levantou-se da cadeira, lhe deu um beijo e sentou-se com o notebook no colo, sem levantar os olhos tristes.
'O que eu fiz? Por que ela tá assim?' pensava seu namorado.
Nem ela mesmo sabia, esse era, como uns diziam, o normal dela. Apenas via imagens que desgostava na mente, pensamentos tristes...
A unica coisa que ela queria era que essas coisas ruins fossem embora em..
Um, dois, três...
Postado por
Amanda Morgenstern
às
19:14
Luiza estava com os olhos brilhantes, havia recebido o seu mais novo mimo. Ela havia se dado como prova de que queria uma trégua, um tempo de todo seu ódio por ela mesma. Uma trégua...
Com o mimo no colo, protelava em abrir a embalagem, alisava-o, degustava com o olhar até que abriu a embalagem, foi lentamente tirando o plástico que protegia-os... Olhava com calma, via se não havia amassado.
Ao remover todo o plástico, ela se deliciava com o seu mais novo livro. Folheava com calma, sentindo aquele aroma de livro não lido, ele tinha sede de ser lido e ela tinha sede de lê-lo. Ela sorvia cada letra impressa no papel branco, até que...
Uma da páginas é tingida de vermelho, um vermelho carmim, um vermelho sangue. Rapidamente ela leva o dedo indicador a boca para parar o sangramento, o gosto é bom... Não tão bom quanto o cheiro que ela sentia. Uma mistura de livro novo e sangue...