A nossa heroína, se é assim que podemos chamar uma pessoa que não teve nenhum feito heróico, num festa que não queria está, com pessoas que não queria ver e ouvindo músicas que não queria escutar.
Logo que chegou a festa lhe ofereceram vodka, oras, ela era uma grande fã da bebida russa, mas não tinha vontade de beber. Na verdade ela queria fumar, atitude indigna para uma heroína, mas ninguém oferecerá cigarros a ela. Pessoas estranhas a cercavam, todas tão felizes e bem, talvez pelo álcool já ingerido, enquanto ela só desejava está em outro lugar com outras pessoas com outras músicas. O seu escapulário recém adquirido a incomodava, na verdade, a roupa que ela vestia a incomodava, eram quentes demais...
Sentou-se comeu algumas coisas, tomou caldinho e levantou-se, pegou seus fones e foi escutar a "sua" música. Riu, falsamente mas riu, conversou... Tentou interagir, não tendo muito sucesso foi ver TV, assistiu um pouco de desenho animado, viu pessoas sendo jogadas na piscina, cansou e voltou a "festa".
Recolocou os fones, pegou uma dose de vodka, beliscou qualquer coisa e foi beber. Parecia que a música do Mundo Livre S/A que ela ouvia era pra ela. "Homero, o Junkie", só que invés de Homero era ela a junkie... Não ligou muito, a mente estava no "amigo" do primo que não parava de olhar para ela, já estava desconfortavel. Seu wayfarer azul caneta, ou sebe-se lá que azul era aquele, lhe davam um pouco de segurança, Fred 04 dizia que queria uma mulher com W maiúsculo, ela ria da música e não do carinha.
Resolveu andar,que coisa mas boba para uma heroína, para aliviar a mente... Até que o pai dela finalmente a chamou e foram embora. No carro ela pensou aliviada que ia para casa programar o dia de domingo...